Zelitto com a sua amada
pinga e sua família
Versos pinga, versos família,
quem ganhará essa luta pra
ter Zelitto na sua vida?
Zelitto homem sério, honesto, trabalhador e pai de família,
desde a infância sempre saiu
com a turma pra bazofiar (fanfarrear), enquanto a turma
bebia cerveja ele bebia refrigerante, o negócio dele não era beber, apenas acompanhar seus amigos nas diversões. Zelitto tinha casa própria (financiado pela caixa), um excelente emprego e uma família (uma linda esposa e um filho adorável).
Todos os finais de semana Zelitto saía com a turma, dizendo ele que eram os seusmelhores amigos. Em um dia de fanfarra ele foi convencido pelos seus amigos:
-Beba aí meu camarada, dê apenas um gole dessa cerveja gostosa! E esse dia foi marcado na sua vida. Gostou tanto de beber que já achava muito fraco a cerveja e partiu pra pinga. Zelitto era chamado nos bares o rei da pinga, recebeu uma garrafa como troféu pra por a maldita pinga dentro, a garrafa era chamada de “mucho caída”em espanhol quer dizer: muita queda.
Saía de manhã com a turma (com os seus melhores amigos) e chegava meia noite, as vezes chegava no outro dia. Batia na porta dizendo:
-Abra-te mulher estalá puerta, porque nos quero entrai! Dizendo ele que falava espanhol. Batia tanto na porta que os vizinhos diziam: -É aquele tal de Zelitto perturbador, pobre mulher! Se deixar ele entrar coitada, e se não abrir a porta vai ser pior. E o Zelitto era muito insistente, acordava toda a vizinhança com os seus batuques na porta. E a sua mulher uma sofredora abre a porta e diz: -Entra meu amor! Desculpe-me pela demora.
-Tu está pensando que eu sou o que mulé pra ficar esse tempo todo na porta, oia aí como ficou as minhas mãos e tómali bofetadas na cara.
-Não corre não mulé! Sai de trás desse sofá, se eu te pegar vou te quebrar no pau. Toda vez que chegava o final de semana essa mulher entrava no pau, apanhava de lá e apanhava de cá, não tinha jeito. O Zelitto não podia beber que ficava agressivo e já ficava com vontade de bater na mulher. Os vizinhos via tudo o fato acontecer, mas fingiam que não sabiam de nada porque isso já era caso normal na vizinhança. Se alguém denunciasse, a mulher do Zelitto dizia que não estava acontecendo nada que era trote.
Coitado do menino, apanhava pior
do que a mãe, o bumbum ficava todo vermelho de tanto apanhar só porque ele não abria a porta pro papaizão, ele não queria que sua mãe apanhasse. A esposa e o filho
sempre sofria aos maus tratos do Zelitto.
A cada dia que passava a vida dessa
família ia se destruindo, o amor já
não existia mais entre eles. A mulher
do Zelitto tomava conta do filho e da
casa, e ele era o que trabalhava e
trazia a feira. Ninguém passava
necessidade, más o importante já
não existia mais, que era o amor.
Zelitto era destaque e exemplo
na empresa que trabalhava,
um bom funcionário.
Era o mais antigo na empresa,
atuava há mais de vinte anos
de serviço. Por causa da
maldita pinga e a sua garrafa,
sempre chegava atrasado no
emprego nas segundas-feiras, e
outras vezes continuava a fanfarra
no trabalho. O patrão foi tolerando
e tolerando, e dizia: -Zelitto, deixa
essa vida meu irmão, você irá
perder o emprego e tudo que você
já conquistou na sua vida. O patrão
era irmão dele e sabia que se ele
perdesse o emprego iria prejudicar
a família. O Zelitto continuou
fazendo as mesmas coisas e não
deu ouvido para o conselho do
irmão, então a decisão foi tomada
por justa causa, desrespeito
(falando alto com o patrão),
chegando atrasado no trabalho,
levando a maldita pinga na sua
miserável garrafa... o Zelitto não
gostou de ser demitido, partiu pra
cima do irmão querendo dar umas
bofetadas, mas se deu mal.
Depois da briga, Zelitto foi pra casa
com olho roxo e descontou toda a
sua ira, tornado, tsunami, fúria na
sua mulher e no seu filho. Esse dia
foi um dia de rios de choros. Toda
vez que Zelitto quebrava a sua
mulher e o seu filho no pau ele ia
dormir tranquilamente, dormia igual
um bebezinho, só faltava por uma
chupetinha na sua boquinha.
Zelitto ficou ainda mais enfurecido e
saiu quebrando tudo de dentro de
casa (geladeira, fogão, mulher, mesa,
guarda-roupa, filho e até a porta
da casa, deu-lhe uma voadora que a
porta parou no meio da rua e foi
pra porta da casa do seu vizinho.
Chamou o vizinho pra fora se era
homem suficiente pra enfrentá-lo,
que era destruidor de ossos.
O vizinho e todos da vizinhança
dizendo: -Zelitto vai pra casa, vai
esfriar a cabeça, jogue essa garrafa
de pinga no lixo. Vai pra casa
descansar rapaz!
Uma semana depois o Zelitto discute
pela janela com o vizinho dizendo que
a vida é dele: -Se trometa na sua vida
seu farofa de ovo. O vizinho não
aguentando a provocação e
relembrando todas aquelas cenas de
meses e anos que a família do Zelitto
sofria, e o vizinho não conteve,
desabafou tudo: -O seu Zelitro de
pinga, barril de cachaça, tu só bate em
criança e em mulher, você parece um
bode fedorento. Se eu fosse sua mulher
meteria um pau nessa sua cara de
descarado.
O Zelitto não queria saber de
conselhos, ele só queria
mesmo o vizinho. Começou
a bater na porta do vizinho
pedindo pra ele descer e
enfretá-lo, fez um círculo no
chão e disse que era o ringue.
O vizinho não desceu e o
Zelitto derrubou nos peito a
porta do vizinho e saiu
quebrando tudo em sua reta,
e quando chegou na sala
deu de cara com a esposa do
vizinho, partiu pra cima dela
e ela deu-lhe uma conte-chave
no pescoço e quebrou Zelitto
todinho no pau, os vizinhos
chegaram na hora e teve que
tirar a mulher de cima de Zelitto.
Nesse dia ele quase morreu,
foi por pouco.
A polícia chegou no local
e foi colhendo informações
necessárias para investigar
o caso. Os vizinhos se
juntaram e dessa vez não
deixou a mulher de Zelitto
mentir, calou a boca dela e
todos viraram testemunhas.
A polícia colocou Zelitto algemado
no fundo da viatura e foi levado
pra delegacia. Ele dormiu lá e
ainda deu uma de valente no
xilindró com o outro preso
e tomou umas porradas.
A mulher de Zelitto não deixou
ele ficar preso, pegou dinheiro
emprestado e pagou a fiança,
levou ele pra casa todo cagado e
mijado, agora parecia mesmo um
bode fedorento.
O Zelitto nem esperou a poeira baixar,
voltou a beber novamente.
A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – funciona 24 horas por dia, de segunda à domingo, inclusive feriados.
A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional. A Central atende a uma antiga demanda dos movimentos feministas e de mulheres e de todos aqueles que atuam no contexto de mulheres em situação de violência.
Além de encaminhar os casos para os serviços especializados, a Central fornecerá orientações e alternativas para que a mulher se proteja do agressor.
Em um dia de bebedeira o
Zelitto começou a se sentir
mal, com fortes dores no
peito e a dor foi aumentando
e ele caiu no chão. Os
vizinhos o levaram para o
hospital, mas já era tarde.
A mulher de Zelitto entrou
em desespero e a mãe de Zelitto passou mau, ela teve que ficar internada no
hospital. O irmão disse que
foi melhor assim;
-Pelo menos agora a mulher vai ter
sossego e o filho não cresce violento por causa das agressões do pai.
No velório de Zelitto deu muito pinguço, no meio da roda de conversas diziam:
-Quem seria agora o rei da pinga? Dois bêbados conversando entre si, disseram que o Zelitto deixou uma boa viúva.
Muitos vivem como o Zelitto de mucho caída,
perde emprego, família, ainda morre odiado
pelos vizinhos, se tem empresa perde clientes,
se tem dinheiro gasta tudo com a bebida e etc...
Zelitto morreu e na verdade nem viveu a vida que tinha. Se
dedicou aos amigos de infância (seus melhores amigos),
curtiu muitas baladas e acabou na balada, agora o filho
vai crescer sem pai e a mulher viúva.
Oito anos depois a mulher de Zelitto casou com Lindolfo, um ex-colega de escola da infância. Foi a melhor coisa que aconteceu na vida dela, virou crente por causa do Lindolfo, e o filho se tornou um garoto muito obediente. Foram morar em outra cidade. O Lindolfo era administrador, gerente bancário, eles viviam se mudando por causa da profissão. O Zelitto foi apenas uma experiência em sua vida, desse dia em diante ela procurou saber tudo sobre a pessoa que queria casar pra não se repetir a cena catastrófica que Zelitto deixou marcado na sua vida.
Fim!
O emprego eu quero,
só não quero o trabalho
O Jhonnes mais uma vez
em busca de outro emprego
para não trabalhar.
Jhonnes um jovem que sempre procurou emprego, mas nunca
conseguiu por causa da sua menoridade. Quando completou
seus dezoito anos, tudo ficou
mais fácil, arrumou emprego em
várias empresas e no decorrer
do tempo ele acabou ficando desempregado.
Após três anos desempregado,
ele conheceu o Srº Jeremias, comerciante, dono de uma micro-empresa de disque-gás e água.
Jonnes já estava desesperado
para arrumar um emprego na
cidade e implorou ao Srº Jeremias
por um emprego.
Foi chamado para uma entrevista
e conseguiu passar no teste.
Jhonnes já era veterano no
esquema de impressionar o
patrão, ele sempre era pontual, arrumava a loja toda deixando o
patrão satisfeito.
Durante dois meses de trabalho
o patrão satisfeito pelo esforço
de Jhonnes mandou ele tomar
conta da empresa porque iria
viajar pra resolver uns negócios
de família. E foi aí que Jhonnes
aproveitou o momento de glória.
23 dias depois o patrão chega bem
na hora da soneca de Jhonnes: pés encima da mesa, o chão cheio de saquinhos de pipocas, latas de refrigerantes no canto da parede, e
pra completar a sua tragédia ele
estava dormindo com a boca aberta
caindo baba. O Sr° Jeremias acordou Jhonnes e perguntou o que estava
acontecendo.
E ele responde: -Estou tomando conta da sua empresa.
No escritório do patrão, Jhonnes
colocou uma tv e se conectou em
uma rede de wifi, e assistia filmes
comendo pipoca. A empresa era
fechada mais cedo e os clientes
que ligavam para pedir gás ou
água não eram atendidos. A
empresa tinha três funcionários
e todos tinham combinado para
fechar mais cedo. As vendas da
empresa diminuíram, por causa
do mau atendimento com os
clientes, e a loja ficava toda
desarrumada. Faltava mercadoria
na empresa e não atendia os
fornecedores.
O patrão ligava para saber como
estava indo o comércio e Jhonnes
dizia que ia bem (-mais ou menos,
tem umas contas aqui pra pagar e
tal...).
Resumindo a história,
o Srº Jeremias ficou
cheio de dívidas em
apenas 23 dias.
O Srº Jeremias teve que demiti
Jhonnes, e ficou mais 5 anos desempregado, ninguém queria
mais contratá-lo, já era manchado
no comércio pelos seus atos.
A sorte de Jhonnes que tinha pais
maravilhosos, que pagaram os
seus estudos na faculdade e ele
se tornou um ortodontista.
Hoje ele vive muito bem.
Fim!
